As conexões matemáticas e a complementaridade entre contextos formais e não formais na promoção da interdisciplinaridade na aprendizagem. turma LSA-44

Apresentação

Estabelecer conexões matemáticas internas e externas é uma das capacidades matemáticas transversais contempladas nos documentos curriculares portugueses da disciplina de matemática para todo o ensino básico, a par das capacidades de resolução de problemas, raciocínio matemático, comunicação matemática, representações múltiplas e pensamento computacional (ME, 2021). Deste modo consideramos de extrema importância explorar e discutir tarefas matemáticas que possibilitem estabelecer conexões matemáticas internas e externas promotoras de aprendizagens significativas e de qualidade para os alunos e concomitantemente a melhoria das práticas dos professores. Pela natureza do estabelecimento de conexões matemáticas não ficar limitado quer à disciplina, quer ao contexto de sala de aula, a perspetiva holística do conhecimento e, por isso, inter e transdisciplinar, apoia a análise de situações sob perspetivas múltiplas e estabelecendo diálogos interculturais. Esta temática é também propícia ao desenvolvimento de recursos educativos que atuem na complementaridade entre contextos educativos formais e não formais, promovendo assim uma aprendizagem contextualizada e com significado, articulada com o desenvolvimento de competências preconizadas no PASEO, entre elas: raciocínio e resolução de problemas, pensamento crítico e criativo, sensibilidade estética e artística e relacionamento interpessoal.

Destinatários

Professores dos Grupos 230 e 500

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 230 e 500. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 230 e 500.

Objetivos

O principal objetivo desta formação é capacitar os professores a refletir e a desenvolverem uma perspetiva integrada de educação científica, com ênfase na matemática, no sentido de melhorarem as suas práticas e a qualidade das aprendizagens dos seus alunos. Com base no currículo e no conhecimento dos alunos pretende-se que os professores integrem nas suas práticas a diversificação de abordagens e interliguem conceitos, fenómenos e realidade locais, contextos, aprendizagens, formas de conhecimento e cidadãos, proporcionando ambientes mais inclusivos e, consequentemente, promotores de aprendizagens significativas e ativas nos alunos.

Conteúdos

Pretende-se, desta forma, abordar os seguintes tópicos: 1. Conexões matemáticas e a sua interligação com o conhecimento dos alunos e do contexto. – 2 horas 2. Enquadramento das conexões matemáticas para o 2º e 3º ciclos do Ensino Básico no quadro das novas aprendizagens essenciais para a matemática. – 2 horas 3. Momentos de aula e o papel central das tarefas para a aprendizagem dos alunos. – 3 horas 4. Operacionalização e estabelecimento de conexões, integrada na gestão da aula e do currículo. – 2 horas 5. Enquadramento e esclarecimento conceptual acerca das expressões formal, não-formal e informal, relativas a contextos educativos. – 2 horas 6. Perspetiva integrada de educação científica, com ênfase na matemática. – 2 horas 7. Os trilhos de ciência na articulação entre contextos formais e não formais de educação. – 3 horas 8. Recomendações para o desenvolvimento e operacionalização de recursos educativos que promovam a interdisciplinaridade, complementando contextos educativos formais e não formais. – 2 horas 9. Apresentação, discussão e avaliação dos projetos de intervenção desenvolvidos no âmbito da oficina. – 7 horas

Avaliação

"Para além do cumprimento das determinações legais, a avaliação dos formandos terá por base a participação no trabalho contínuo realizado ao longo das sessões, bem como a qualidade dos projetos e recursos pedagógicos produzidos e apresentados em plenário. Os critérios sobre os quais incidirá a classificação dos formandos estarão distribuídos da seguinte forma: 30% Participação no trabalho realizado ao longo das sessões presenciais e online síncronas 25% Realização e apresentação de tarefas 30% Projeto final 15% Reflexão crítica individual"

Bibliografia

Canavarro, A.P., Mestre, C., Gomes, D., Santos, E., Santos, L., Brunheira, L., Vicente, M., Gouveia, M. J., Correia, P., Marques, P., & Espadeiro, G. (2021). Aprendizagens Essenciais de Matemática no Ensino Básico. ME DGE. https://www.dge.mec.pt/noticias/aprendizagens-essenciais-de-matematicaLatas, J., & Moreira, D. (2013). Explorar conexões entre a matemática local e matemática global. Revista Latinoamericana de Etnomatemática, 6(3), 36–66. https://www.revista.etnomatematica.org/index.php/RevLatEm/article/view/93Latas, J. (2022). Explorações etnomatemática na ilha do Príncipe: uma proposta de trilho [Tese de doutoramento, Universidade de Coimbra]. Repositório estudo geral: http://hdl.handle.net/10316/101653Latas, J.; Barbosa, E. & Borralho, A. (Prelo). Práticas letivas e a participação dos alunos na sala de aula de matemática. Em Atas do I Colóquio Internacional de Reflexão sobre práticas Integradas em Educação. ESEC.Rodrigues, A. (2016). Perspetiva Integrada de Educação em Ciências – da teoria à prática. UA Editora. http://hdl.handle.net/10773/15416

Início: 13-01-2025
Fim: 23-05-2025
Acreditação: CCPFC/ACC-126450/24
Modalidade: Oficina
Pessoal: Docente
Regime: b-learning
Duração: 50 h
Local: Escola Secundária de Loulé