Gestos que salvam: Atuação perante emergências em saúde em contexto escolar turma LSA-9.2
Apresentação
O elevado número de acidentes que ocorrem dentro dos estabelecimentos de ensino tem como principais 'atores' os alunos e é em face destas situações que, muitas, vezes se revelam lacunas na resposta atempada e adequada. As escolas associadas do centro de formação, identificando lacunas neste domínio, consideram imperioso que o pessoal docente adquira capacidade de resposta para a primeira abordagem de situações de emergência e possua os conhecimentos teóricos e práticos que lhes permitam atuar convenientemente em caso de acidente Assim, considerando que a escola é por eleição o espaço de desenvolvimento de aprendizagens propiciadoras do desenvolvimento de competências, torna-se urgente dotar os professores, e por via destes, outros agentes educativos, de competências que permitam criar um clima de confiança através da aprendizagem dos modos e meios de garantir a segurança a diversos níveis, necessária para assegurar o bem-estar individual e coletivo e potenciar tais condições, para que através delas se possam retirar os efeitos educativos desejados. A escola, enquanto lugar privilegiado na formação dos conceitos saúde e cidadania, desempenha um papel fundamental a este nível. Nessa medida, o ensino de primeiros socorros nas escolas permite um correto desempenho em situações de emergência mas, mais importante, permite que no futuro tenhamos uma sociedade mais preparada, solidária e responsável.
Destinatários
Educadores de Infância e Professores do Ensino Básico e Secundário
Releva
Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Educadores de Infância e Professores do Ensino Básico e Secundário. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira.
Objetivos
Dotar os docentes de capacidades técnicas e cientificas para implementar nas suas escolas medidas preventivas e ativas nas áreas do 1º. Socorro, centradas nos seguintes objetivos: 1. Desenvolver competências e conhecimentos na área da Saúde; 2. Sensibilizar os docentes para os assuntos mais emergentes do 1º Socorro; 3. Conhecer as principais regras do 1º Socorro; 4. Saber prestar o 1º. Socorro até à chegada de ajuda diferenciada; 5. Interiorizar os conhecimentos adquiridos de modo a aplicá-los em situação de emergência com os alunos; 6. Saber coordenar tecnicamente as Operações de Socorro, assegurando o enquadramento e a orientação técnica dos diferentes atores escolares; 7. Aplicar técnicas adequadas à prestação do 1º. Socorro, nomeadamente em situação de calamidade e/ou de isolamento; 8. Saber solicitar e/ou coordenar o Socorro até à chegada de meios especializados à escola ou local de ocorrência do acidente.
Conteúdos
1. Sistema S.T.A.R.T.--Simples Triagem e Rápido Tratamento –1 hora teórica 2. S.I.E.M. -Sistema Integrado de Emergência Médica --1 hora teórica 3. Anatomia --1 hora teórica 4. Exame da vítima -1 hora teórica + 2 horas práticas 5. Dor Torácica- 1 hora teórica 6. Dispneia - 1 hora teórica 7. Convulsões - 1 hora teórica 8. A.V.C.1 - 1 hora teórica 9. Glicémia - 1 hora teórica 10. Intoxicações- 1 hora teórica 11. Hemorragias - 1 hora teórica 12. Queimaduras - 1 hora teórica 13. Imobilizações e levantamentos - 1 hora teórica + 2 horas práticas 14. Obstrução de Via Aérea (OVA) -Adulto e Pediátrica - 1 hora teórica + 2 horas práticas 15. Suporte Básico Vida (SBV) – Adulto - 1 hora teórica + 6 horas práticas 16. Suporte Básico Vida (SBV) – Pediátrico - 1 hora teórica + 4 horas práticas Avaliação - 1 hora teórica + 3 horas práticas TOTAL DE HORAS: 17 horas teóricas + 19 horas práticas
Metodologias
As sessões serão, maioritariamente, práticas, pedindo-se a participação de todos nos exercícios. Dar-se-á maior valorização à capacidade de resolução de problemas do que ao saber teórico-científico de cada elemento. As sessões serão realizadas de acordo com os métodos ativo, interrogativo e expositivo. Pretende-se iniciar a exposição de conteúdos com um levantamento dos conhecimentos e experiências prévias dos formandos, de forma a valorizar os conhecimentos e competências já adquiridos em contexto real. Os algoritmos de desobstrução da via aérea e do suporte básico de vida serão demonstrados e treinados através de prática simulada. O debate será estimulado em todas as temáticas. A ação será desenvolvida através da utilização dos seguintes passos metodológicos: - Relatos de experiências com recurso à dinâmica de grupo; - Simulação de casos reais, nomeadamente acidentes e doenças súbitas, entre outros; - Debate de ideias acerca do conceito de saúde, promoção da saúde e a sua abrangência; - Integração dos formandos nas fases do Sistema Integrado de Emergência Médica.
Avaliação
Avaliação, de carácter iminentemente formativo, será realizada ao longo da ação e em todas as situações de aprendizagem. Os parâmetros e critérios a utilizar são: • Participação (qualidade das intervenções, compromisso e desenvolvimento da componente prática) - (30%) • Trabalhos produzidos (construção de uma vinheta sobre um caso aplicando os conteúdos abordados na formação ao mesmo e apresentação do caso à turma (trabalho de grupo) – (50%) • Uma reflexão crítica individual sobre o trabalho empreendido onde os formandos terão a oportunidade de sistematizar os conhecimentos desenvolvidos curso – (20%) O resultado final é depois traduzido numa classificação quantitativa expressa na escala de 1 a 10 valores a que acresce uma menção qualitativa, conforme com o Regime Jurídico da Formação Contínua e a Carta Circular n.º 3/2007 do CCPFC acerca das alterações introduzidas pelo artigo 4ºdo Decreto-Lei n.º15/2007 de 19 de Janeiro, e a Carta Circular CCPFC - 1/2008 utilizando os critérios também aprovados pela Comissão Pedagógica deste Centro.
Bibliografia
• Bohn, A., Van Aken, H., Mollhoff, T. & al. (2012). Teaching resuscitation in schools: annual tuition by trained teachers is effective starting at age 10. A four year prospective cohort study. Resuscitation, 83, 619–625; • Fleischhackl, R. et al. (2009). School children sufficiently apply life supporting first aid: a prospective investigation. Critical Care, 13. DOI: 10.1186/cc7984; • LEITE, A. C. Q. B; FREITAS, G. B.; MESQUITA, M. M. L., et al. (2013). Primeiros Socorros nas Escolas. Extendere, 2013; 2(1), p. 61-70.; • Reis, I. (2010). Manual de Primeiros Socorros, 5–6. Retrieved from https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Esaude/primeirossocorros.pdf; • Valente, M., & Catarino, R. (2012). Suporte Básico de Vida, Adulto. In SBV: Suporte Básico de Vida (1.ª ed., pp. 16–23). INEM. Retrieved from http://www.inem.pt/files/2/documentos/20140108162319930581.pdf.
Observações
As formadoras que integram a equipa pedagógica da ação são formadoras experientes na gestão pedagógica do campo e da problemática vertida na temática deste curso. A Dr.ª Eva Lourenço é médica de medicina interna no Hospital de Faro e desenvolve, na categoria de assistente convidada, em regime de acumulação, serviço enquanto docente na Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve. Tem tido um papel fundamental no desenvolvimento de projetos de formação de professores em Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática «Externa contribuindo assim para o reforço da Cadeia de Sobrevivência da região. A enfermeira Filomena Adelaide de Matos concluiu o(a) Doutoramento em Psicologia em 2012/11/30 pelo(a) Universidade do Algarve Departamento de Psicologia e Ciências da Educação. É Professora Adjunta na Universidade do Algarve e responsável pela coordenação institucional (Universidade do Algarve) no consórcio do Mestrado Erasmus Mundus em Enfermagem de Emergência e Cuidados Críticos no(a) Universidade do Algarve Escola Superior de Saúde. Em suma, as formadoras possuem ampla experiência no desenvolvimento de cursos de formação como o que ora se apresenta contribuindo, com a sua ação, para que o ensino do Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa se desenvolva em contexto escolar, garantindo a capacitação dos professores no desenvolvimento dos procedimentos que integram os conteúdos desta ação em contexto escolar.
Formador
Emilia Isabel Martins Teixeira da Costa
Filomena Adelaide Pereira Sabino de Matos
Eva Patrícia Lima Lourenço
Cronograma
Sessão | Data | Horário | Duração | Tipo de sessão |
1 | 16-01-2025 (Quinta-feira) | 17:00 - 20:00 | 3:00 | Presencial |
2 | 23-01-2025 (Quinta-feira) | 17:00 - 20:00 | 3:00 | Presencial |
3 | 30-01-2025 (Quinta-feira) | 17:00 - 20:00 | 3:00 | Presencial |
4 | 06-02-2025 (Quinta-feira) | 17:00 - 20:00 | 3:00 | Presencial |
5 | 13-02-2025 (Quinta-feira) | 17:00 - 20:00 | 3:00 | Presencial |
6 | 20-02-2025 (Quinta-feira) | 17:00 - 20:00 | 3:00 | Presencial |
7 | 27-02-2025 (Quinta-feira) | 17:00 - 20:00 | 3:00 | Presencial |
8 | 06-03-2025 (Quinta-feira) | 17:00 - 20:00 | 3:00 | Presencial |
9 | 13-03-2025 (Quinta-feira) | 17:00 - 20:00 | 3:00 | Presencial |
10 | 20-03-2025 (Quinta-feira) | 17:00 - 20:00 | 3:00 | Presencial |
11 | 27-03-2025 (Quinta-feira) | 17:00 - 20:00 | 3:00 | Presencial |
12 | 03-04-2025 (Quinta-feira) | 17:00 - 20:00 | 3:00 | Presencial |